Otimização da ETE Canasvieiras é apresentada em evento técnico-científico


A melhoria obtida na Estação de Tratamento de Esgotos de Canasvieiras com a introdução de cloreto férrico no processo de depuração foi tema de um dos mais de 300 trabalhos que foram apresentados no 17º Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental.

O encontro iniciou na manhã da última segunda-feira (6), no Costão do Santinho, em Florianópolis, e prosseguiu até quarta. O tema era “Soluções para um Melhor Saneamento Ambiental”.

Promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, em parceria com a Associação Portuguesa dos  Recursos Hídricos e a Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental, o simpósio ocorre a cada dois anos, alternando-se entre Brasil e Portugal. Nesta edição em Florianópolis, teve apoio da Casan.

“O encontro é uma oportunidade de reunir profissionais que atuam na área de saneamento, de compartilhar conhecimentos e construir um diálogo em torno das boas práticas, ampliando alternativas para solucionar os entraves do saneamento ambiental”, informa o presidente nacional da ABES, Dante Ragazzi Pauli.

“A integração do conhecimento que é gerado nas universidades e que é colocado em prática pelas empresas de saneamento é fundamental para o avanço na área de saneamento. É com muito orgulho que a Casan participa desse encontro também apresentando trabalhos de seu corpo funcional”, destaca o presidente da Casan, engenheiro Valter Gallina, que representou o Governo do Estado na abertura o evento.

Tratamento terciário do esgoto no Norte da Ilha

O trabalho sobre a ETE Canasvieiras, um dos cinco levados ao evento científico pela Casan, mostra que a introdução do cloreto férrico no processo de deputação do esgoto trouxe resultados muito positivos na remoção de fósforo – um dos parâmetros, assim como o nitrogênio, que deve ser controlado no efluente final da estação de tratamento.

Em corpos d´água como rios e lagoas, fósforo e nitrogênio funcionam como nutrientes. Seu excesso pode provocar a eutrofização de rios, caracterizada pelo desenvolvimento de algas que provocam a redução drástica de oxigênio na água e o consequente comprometimento da vida aquática.

A adição de cloreto férrico na ETE Canasvieiras trouxe benefícios também em relação a outros parâmetros, como a decantação do lodo, o que reduz a presença de matéria orgânica no efluente final da ETE.

“A coleta sistemática de amostras e o acompanhamento das análises comprovam que a Casan tomou uma decisão importante com a introdução dessa nova etapa na ETE”, explica o gerente de Políticas Operacionais da comoanhia, Rodrigo Maestri, que assina o trabalho em conjunto com a técnica em saneamento Elisabete Petry, a engenheira Heloise Cristine Schatzmann e o bioquímico Rafael Luiz Prim, todos integrantes do quadro funcional.